Abrage destaca inclusão de grandes hidrelétricas no PATEN durante Audiência no Senado

Em Audiência Pública realizada hoje, 5 de setembro, no Senado Federal, a Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica- Abrage fez uma importante contribuição ao debate sobre o Projeto de Lei do Programa de Apoio à Transição Energética (PATEN), com foco na inclusão de usinas hidrelétricas de qualquer porte. A sessão foi conduzida pelo relator senador Laércio Oliveira, que discutiu o impacto positivo que essa inclusão pode gerar para o Sistema Interligado Nacional (SIN), além de promover a modernização do setor.

Segundo informações apresentadas pela Abrage, a inclusão das UHE de todos os portes no PATEN poderá adicionar 55,5 GW ao SIN, o que representa uma grande oportunidade para o Brasil melhorar sua matriz energética, nos próximos anos.

A presidente da Abrage, Marisete Pereira, ressaltou a importância do papel da indústria nacional na promoção de emprego e renda por meio da modernização das hidrelétricas e da implementação das usinas de bombeamento reversível. “O Brasil possui um potencial de 38 GW de potência com a implementação das Reversíveis. A China, referência mundial na implementação dessa tecnologia, possui mais de 90GW de projetos em desenvolvimento, e até 2030, terá implementado cerca de 120 GW”, destacou Marisete.

Essas usinas reversíveis desempenham um papel essencial ao permitir o armazenamento de energia nos reservatórios. Amplamente utilizadas no mundo, elas são baterias naturais, pois tem a capacidade de armazenar energia, bombeando água para um reservatório superior em momentos de baixa demanda ou excesso de oferta, e liberando a água para gerar eletricidade em períodos de alta demanda

Ao final da audiência, o ex-deputado Christino Áureo comentou a importância da interação entre as diferentes fontes de energia para fortalecer a matriz elétrica do Brasil. “Independentemente da concepção do PATEN, o papel do setor é tão grande que a animosidade entre os subsetores do setor elétrico não deve prosperar. Tem espaço para que todas as fontes se complementem, ela é inclusiva. Em cada momento, a matriz energética requer um tratamento e o Brasil deve buscar ser referência sobre transição energética unindo forças”, afirmou.

A Comissão de Infraestrutura do Senado deverá votar o projeto de lei que institui o PATEN no início de outubro, o que poderá beneficiar o setor elétrico brasileiro e a transição energética no país.

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